A Câmara Municipal de Iguatu se prepara para votar um Projeto de Lei que prevê o aumento dos salários do prefeito e vice-prefeito da cidade. A proposta sugere que o salário do prefeito passe de R$ 12,5 mil para R$ 25 mil. O prefeito eleito de Iguatu, Roberto Filho (PSDB), que ainda não assumiu o cargo, se manifestou contra o projeto.

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Em um vídeo divulgado nesta terça-feira (15), Roberto Filho, que se encontra em Brasília, pediu aos vereadores que não aprovem a medida, enfatizando que o aumento salarial não é uma prioridade de sua gestão. "Quero dizer ao povo de Iguatu que essa não é a nossa prioridade, e também aos amigos vereadores que não temos interesse em nenhum tipo de aumento para os subsídios, salários do prefeito e do vice-prefeito. Nem eu e nem o meu vice, Francisco das Frutas. E peço aos amigos vereadores da Câmara de Iguatu que não votem esse projeto, ou que não aprovem o projeto, porque acho que a gente ainda vai discutir as prioridades, pautas mais prioritárias para o nosso município", declarou o prefeito eleito.

Assista ao vídeo:

O projeto, que foi enviado pela atual gestão do prefeito Ednaldo Lavor (PSD), poderia prejudicar financeiramente o município.

Atualmente, há 40 servidores ganhando salários de até R$57 mil por mês, rendimento superior ao piso salarial pago ao prefeito do Iguatu, que é de R$12 mil. A irregularidade foi revelada após fiscalização do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE).

Se o Projeto de Lei (PL) para reajuste do salário do prefeito de Iguatu, que sairia de R$12 para R$25 mil, fosse aprovado pela Câmara Municipal, mudaria também o teto salarial do município, duplicando os vencimentos desses 40 servidores. Entretanto, após apelo do prefeito eleito, Roberto Filho, a medida foi arquivada pelos vereadores.

Em 2024, a folha do município de Iguatu subiu 39% em nove meses. E cresceu o número de funcionários contratados. Em janeiro, eram 3.318 servidores, com uma folha de pagamento que superava os R$12 milhões. Em fevereiro, esse número saltou para 3.747 servidores, com custos superiores a R$14 milhões. Em março, a situação se agravou ainda mais, com 4.502 servidores gerando um custo superior a R$15 milhões. E, em abril, o número de funcionários chegou a 4.645, elevando a despesa para R$15.859.812,32, representando um aumento de mais de R$3,5 milhões em apenas três meses.