Conselho de Segurança quer que o governo apresente um plano de combate à violência - Cn7 - Sem medo da notícia
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Conselho de Segurança quer que o governo apresente um plano de combate à violência

A pedido do representante da PM no colegiado, o Conselho vai aguardar do secretário da Segurança Pública, André Costa, a apresentação da estratégia do governo para reduzir os altíssimos índices de assassinatos no estado

Em 2017, 5.134 pessoas foram assassinadas no Ceará, índice recorde. Só em Fortaleza foram 1.978

16/01/2018 6:53

O Conselho Estadual de Segurança Pública do Ceará (Consesp) não descartou, ainda, a possibilidade de encaminhar à Presidência da República o pedido de intervenção federal no estado, dado os altos índices da violência e da criminalidade que deixaram mais de cinco mil mortos no ano passado e já fez mais de 250 vítimas de assassinatos em apenas 15 dias do ano novo. O conselho deu prazo para ao governo para que apresente um Plano de Segurança Pública para 2018. O secretário André Costa, titular da SSPDS, terá duas datas disponíveis (26 de janeiro ou 2 de fevereiro) para apresentar aos membros daquele colegiado  o Plano Estadual de Segurança. O pedido foi feito através de documento encaminhado ao secretário pelo presidente do Conselho, advogado  Leandro Duarte Vasques, através do ofício  datado de 15 de janeiro de 2018.  O ato está baseado na lei estadual número 12.120/93. O pedido para que o secretário fosse ouvido antes de qualquer decisão do Consesp partiu do representante da Polícia Militar do Ceará (PM-CE) no colegiado, coronel PM Fernando Albano que, recentemente, assumiu a chefia do Comando do Policiamento da Capital (CPC). Ordem ameaçada No ofício, Vasques adverte que a possibilidade do pedido de intervenção federal no Ceará ocorreu em conseqüência dos altos índices da violência no estado que resultam em “grave comprometimento da ordem pública”, assinala.  O presidente solicitou, ainda, que o Consesp seja convidado a ser fazer presente nas reuniões de avaliação das Áreas Integradas de Segurança (AIS), que ocorrem periodicamente. Ressalta que o Conselho não tem sido mais informado de tais encontros. Na última sexta-feira (12), o secretário André Costa e seus assessores, além dos titulares dos órgãos vinculados à Pasta (Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Perícia Forense e Academia Estadual da Segurança Pública) apresentaram à Imprensa os resultados finais da estatística criminal de 2017.  No ano passado, o Ceará registrou um recorde na taxa de Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs). Nada menos, que 5.134 pessoas foram assassinadas no estado, o que representou um aumento da ordem de 50,7 por cento em relação a 2016, quando o Ceará registrou 3.407 CVLIs. Problema nacional Em entrevista após a apresentação dos números, André Costa disse ser a favor da intervenção federal não apenas no Ceará, mas em todo o País. Faz coro com o governador Camilo Santana (PT) que tenta transferir a responsabilidade da violência sem controle no Ceará para o governo federal.

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