Duelo de Cid Gomes com Camilo de olho no Abolição agita Cariri
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Duelo de Cid Gomes com Camilo de olho no Abolição agita Cariri

Coluna Rebate

13/08/2024 9:24

Não há mais dúvidas que Cid Gomes não pretende disputar um novo mandato de senador do Ceará, nas eleições de 2026. O próprio Cid Gomes comunicou, ao ministro Camilo Santana, não ter interesse em continuar no Senado Federal. Essa confissão de Cid Gomes é um blefe. Afirmar a Camilo, que não pretende concorrer a nenhum cargo daqui a dois anos, é o jeito de Cid Gomes esconder sua verdadeira intenção: concorrer ao Abolição, para ser novamente governador do Ceará. Sua postura ofensiva nas eleições deste ano o contradiz. Cid Gomes é, sim, candidato ao Governo do Ceará. Trabalha para sair das urnas como o grande vencedor, derrotando Camilo e o governador Elmano de Freitas. Vitorioso, quer se sentar à mesa com Elmano e Camilo e começar a negociar. De início, exigirá à presidência da Assembleia para um deputado seu: o nome é o Salmito Filho. Na verdade, seu candidato à sucessão de Evandro Leitão, é do Cariri. É Guilherme Landim. Com a presidência sob controle, espera se fortalecer ainda mais e emparedar Elmano e Camilo. Dando a sua vaga para Elmano, e sendo o candidato do PT e do presidente Lula a governador. Camilo não aceita essa mudança. O seu candidato é Elmano. Não haverá recuo.

Cid Gomes já prepara desembarque do PT

Nem começou de fato a campanha eleitoral e Cid Gomes está em campo para se recompor com o seu irmão, Ciro Gomes, pensando no Abolição em 2026. Cid Gomes faz cálculos. Assegura que elegerá mais de 60 prefeitos no PSB e outros tantos aliados em outras legendas. Entretanto, reconhece que eleger o prefeito de Fortaleza é um capital político enorme no seu projeto de controlar novamente o Ceará. Tanto isso é verdade, que Cid Gomes abriu negociações com pessoas próximas ao prefeito José Sarto. A sua ideia era que Sarto fizesse uma consulta informal sobre as chances de uma recomposição dele com Ciro Gomes e Roberto Cláudio no segundo turno de Fortaleza. Na opinião de Cid Gomes, Evandro Leitão ameaça ficar fora e, nesse cenário, Cid Gomes quer apoiar à reeleição de Sarto. A resposta dada a Cid Gomes foi clara: há condições de conversarem e aceitarem o apoio, mas há uma exigência de Ciro Gomes: Cid Gomes deve ir sozinho, rompendo com o PT e com Elmano e, principalmente, com o ministro Camilo. Ciro garante que sai da campanha de Sarto, mas não se une a Camilo.

Camilo está consciente das manobras de Cid Gomes

A pressa de Cid Gomes em detonar as chances eleitorais do candidato Evandro Leitão incomodou o ministro Camilo Santana. Logicamente, que esse assunto nunca será confirmado. Contudo, Camilo sabe que Cid Gomes está ansioso para apoiar à candidatura do prefeito Sarto e se recompor com o irmão Ciro Gomes. Ninguém admite, mas no PT de Fortaleza - e até mesmo no Abolição -, se Evandro ficar fora, o que esses petistas não acreditam e trabalharão intensivamente para colocá- -lo no segundo turno, as possibilidade de apoiarem Sarto e dividirem palanque com Ciro e Roberto Cláudio são nulas. Desagradou a Elmano e Camilo, o comportamento de Cid Gomes nas convenções partidárias. Não foi engolida a desculpa dada por Cid Gomes de faltar ao evento de Lula, no lançamento de Evandro Leitão, como também não prestigiar a homologação de Fernando Santana em Juazeiro do Norte, André Barreto e seu sogro Leitão Moura em Crato, e Guilherme Saraiva em Barbalha. Também precisam ser registradas as ausências de Cid Gomes no lançamento de Janaína Farias em Crateús e de Wladimir Catanho em Caucaia. Porém, estranhamente, Cid Gomes curou a sua doença e foi à convenção de Felipe Pinheiro em Itapipoca, onde ele indicou a vereadora Paulinha como vice-prefeita. Com tantas crises abertas na relação Elmano/Camilo versus Cid Gomes, o PT não se mostra disposto a apoiar Sarto, para fazer a vontade de Cid Gomes, para recompor-se com Ciro Gomes.

PT contra PDT são maiores adversários no Cariri

Levantamento sobre as disputas eleitorais mostram que a força do ministro Camilo está cada vez mais consolidada no Cariri. O PT lidera o número de candidatos homologados, com 21 nomes nas corridas eleitorais, seguido pelo MDB com 12 candidaturas, o PDT com 10 candidatos e PSB com 08 nomes lançados. PT também possui a liderança no número de candidatos à reeleição, com seis disputas. Já a disputa mais ferrenha no Cariri permanece sendo entre o PT e PDT, com 08 confrontos. Em seguida, vem o conflito eleitoral entre PT e PSB com 07 cidades, colocando Elmano/Camilo contra Cid Gomes. E, por fim, o PT contra o MDB em 06 disputas. Nesse quadro, é uma briga política entre Eunício Oliveira e o deputado José Guimarães. O MDB tem 03 candidaturas à reeleição. O mesmo número de reeleições terá o PSB. O único município que não tem candidaturas de PT, PDT e PSB é Granjeiro. Lá, a disputa é entre MDB e Republicanos.

MDB avalia abrir processo de expulsão

A direção estadual do MDB não está nem um pouco satisfeita com os posicionamentos eleitorais do deputado Yury do Paredão com o partido. Alega o MDB-Ceará que Yury tem desrespeitado o estatuto do partido sistematicamente nessa campanha. Na região do Cariri, Yury tem se colocado contrário aos candidatos do MDB, em pelo menos cinco municípios: Missão Velha, Assaré, Várzea Alegre e Araripe. Nessas cidades, Yury sobe em palanques contrários às candidaturas do MDB. Mas, a lista de conflitos cresce quando são incluídos os municípios de Potengi e Caririaçu, que tem emedebistas na chapa majoritária, entretanto não tem o apoio do deputado Yury do Paredão. A justificativa da direção do MDB é: o estatuto diz que os filiados do partido devem manter apoio às candidaturas do partido em eleições municipais e estaduais. Essa ameaça do MDB-Ceará é uma forma de acalmar os candidatos nos municípios, que cobram a infidelidade partidária. Yury tem silenciado, e dito que esses apoios são seus aliados, e muitos foram fundamentais em sua eleição. E que ele não conseguiu a legenda do MDB, daí terem sido lançados candidatos por outras siglas.

Florisval e Márcio Bilhar surpreendem com Aloisio

O grupo do presidente da Câmara, Florisval Coriolano (Agir), surpreendeu ao declarar apoio à candidatura do candidato da oposição Aloísio Brasil (UB). Florisval e Márcio Bilhar estavam se articulando com o candidato do PSDB, Lucas Brasil, mas acabaram rompendo esse acordo, depois de uma conversa, às vésperas das convenções. As motivações do rompimento não foram reveladas. Florisval tentou, ainda, se aproximar do candidato da base aliada, André Barreto (PT), porém acabou desistindo por falta de espaços. A base tem mais de 15 partidos para contemplar e compreendeu que incluir mais dois seria difícil de acomodar. Parece que a base de oposição foi a mais viável para Florisval e seus aliados, que já vinham questionando a base governista desde a eleição de 2022, quando votaram no candidato do PDT, Roberto Cláudio. O retorno de Florisval à base do prefeito Zé Ailton teve vetos desde o início das discussões da pré-campanha.

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