“Não depende só de mim, mas sim, meu sonho é ser candidato ao governo do Ceará”.  A declaração partiu do deputado estadual Capitão Wagner (PR), em entrevista nesta sexta-feira (5) ao programa “Ceará News” da Rede Plus de Rádio FM. O parlamentar anunciou que, já na próxima semana, deverá definir o rumo de sua posição e candidatura para as eleições deste ano. Além do cargo de governador, Wagner também é bem cotado para o Senado.

O deputado afirma que descarta a possibilidade de uma aliança que o aproxime do governador Camilo Santana (PDT). “Tenho que me manter coerente. Tenho feito uma oposição ao governo e não seria coerente, de repente, me aliar a Camilo”, que, segundo ele, “é um governo simpático, um governo que dialoga, mas não resolve os principais problemas do Ceará, Saúde, Segurança Pública e os efeitos da seca”.

Wagner fez um balanço de sua atuação na Assembleia Legislativa do Estado em 2017 e citou a questão da Segurança Pública, onde, mais uma vez, a Casa não instalou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o narcotráfico no Ceará.

“O pedido da CPI é de 2015. Já estamos em 2018 e até hoje a Assembleia não abriu essa CPI  nem tampouco arquivou o pedido de CPI para que outras pudessem ser instaladas. Na verdade, o objetivo é barrar toda e qualquer investigação na Assembleia para evitar atingir o governo do estado. Repito, um governo simpático, que dialoga, mas não resolve os principais problemas que a população enfrenta. Em nenhuma das três áreas ele conseguiu apresentar, ao menos, um alívio ou uma melhoria”.

Tropa dividida

Sobre a definição de candidatura, Wagner foi enfático. “Fico feliz, pois meu nome aparece bem colocado, tanto para o governo do estado como para o Senado, mas estou com os pés no chão. Não adianta eu me empolgar com pesquisa. Pesquisa não ganha eleição”.

Wagner diz que a tropa da Polícia Militar está dividida em termos de simpatia a uma eventual disputa para governador entre ele e Camilo Santana.

“Na verdade,  a tropa já está dividida desde 2016, quando foi aprovada a lei das promoções. De lá pra cá apareceram vários salvadores da pátria  e a tropa acabou se dividindo. É natural que o governador (Camilo) ganhe espaço. Você está num cenário péssimo, horrível, e, de repente, chega alguém que lhe dá um pirulito você já se sente melhor. Alguém que lhe dê um afago, você já se sente melhor, e foi isso que o governador fez, deu um afago, um carinho, um cheiro no cangote do policial e ele ficou satisfeito. Então, por conta disso, há uma divisão na categoria”.

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