MPF apura desvio no BNB com Itaipava que ultrapassa R$600 milhões fora propina a Cid
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MPF apura desvio no BNB com Itaipava que ultrapassa R$600 milhões fora propina a Cid

Dinheiro financiou campanha eleitoral de 2014, mesmo ano em que o ex-governador tomou empréstimo irregular no BNB para construir seu galpão, em Sobral, hoje alugado à Itaipava

Ex-governador Cid Gomes

22/12/2017 18:58

A Polícia Federal e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, nesta sexta-feira (22), a Operação Caixa 3 para investigar indícios de fraudes em empréstimos firmados entre o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Grupo Petrópolis, dono da Itaipava. Segundo a investigação, parte do dinheiro teria sido usada para pagamento de despesas de campanhas eleitorais em 2014, mesmo ano em que o então governador do Ceará, Cid Gomes (PDT), tomou um empréstimo no BNB para construir seu galpão, em Sobral, alugado à Itaipava. O pedetista já virou réu na Justiça Federal devido a irregularidades no empréstimo. Somente através do BNB de Fortaleza, os empréstimos tomados pela cervejaria somam aproximadamente R$ 827 milhões. Desse montante, cerca de R$ 600 milhões teriam sido desviados em um esquema de "Caixa 3", através da triangulação BNB, cervejaria e empreiteira para ocultar doações durante a campanha de 2014. A Operação tem base na delação da Odebrecht, que revelou aos investigadores a existência de um "conluio" da empreiteira com a cervejaria para desviar parte do dinheiro liberado pelo BNB para o Grupo Petrópolis e injetá-lo nas campanhas de 2014. Teriam sido beneficiados com a verba, entre outros políticos, o governador da Bahia, Rui Costa, o ex-ministro Jacques Wagner e Cid Gomes, que levou, além do empréstimo, a concessão da Itaipava. “Dentre as constatações, está a substituição da garantia fiança bancária (avaliada com rating AA) por hipoteca de parque industrial (avaliada com rating B) autorizada pela direção e posteriormente aprovada pelo Conselho de Administração do banco após parecer técnico favorável – em desacordo com os normativos internos e de compliance da estatal”, desta a CGU, em nota. A Operação Lava Jato já revelou que a Cervejaria Petrópolis atuava como laranja da Odebrecht para o pagamento de propina a políticos. A empresa repassava os valores da propina e a construtora a ressarcia em transferências de recursos para contas no exterior.   Com informações do Estadão

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