O PDT e o PSB estamparam o noticiário nacional desta terça-feira após anunciarem acordo entre as siglas para firmar aliança nas eleições de 2024. Em reunião na semana passada, segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, o presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi e o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, selaram acordo para viabilizarem juntos candidaturas a prefeituras em todo o país.

A nível nacional, a ideia é favorecer candidaturas com prefeitos e vice-prefeitos designados de acordo com a força de cada partidos nas cidades. Em Recife, o PSB comanda a gestão municipal com João Campos, que deve se candidatar à reeleição. Em Aracaju, o PDT comanda com Edvaldo Nogueira, que está em seu segundo mandato.

Já em Fortaleza, Sarto Nogueira comanda a capital pelo PDT que vive dias de tensão internamento diante da guerra protagonizada pelos irmãos Cid e Ciro Gomes. O movimento de união das siglas põe em cheque a estratégia adotada por membros do PDT ligados a Cid que estavam se filiando ao PSB como alternativa ao PDT que ainda é dominado por Ciro.

Diante do cenário que encurrala Cid Gomes no Ceará, resta agora o Podemos de Bismark Maia, como alternativa para o senador, caso a situação se torne mais delicada no PDT.

Ainda sobre o acordo, a possibilidade do surgimento de uma nova federação também cresce no cenário nacional. Não é a primeira vez que PDT e PSB discutem aproximação. Em março, o PSB chegou a conversar com o diretório sobre a possibilidade de se unir ao PDT por pelo menos quatro anos, mas a ideia foi descontinuada por receio de que os moldes discutidos suplantassem o partido.

Caso se unam de fato, as duas siglas seriam uma significativa federação, com 31 deputados na Câmara, e sete parlamentares no Senado Federal.