O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, criticou a desfiliação do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão, do PDT. Em publicação nas redes sociais, nesta quarta-feira (30), Roberto Cláudio classificou a desfiliação do deputado como "teatro montado". As críticas do ex-prefeito foram rebatidas pelo presidente da Alece e aliados.

"Todo esse teatro montado para a saída do deputado estadual Evandro Leitão do partido é de muito mau gosto e subestima a inteligência do nosso povo. Quem acha que o "PODER" pode e consegue tudo, inclusive convencer o povo, por mais surreal que seja a narrativa, muitas vezes "quebra a cara"!", escreveu Roberto Cláudio.

Também por meio das redes sociais, Evandro Leitão lamentou as críticas do ex-prefeito e avaliou que classificar a votação que aprovou a sua carta de anuência para desfiliação do PDT como "teatro" é uma ofensa aos 41 membros de um total de 48 representantes do Diretório Estadual do partido.

"Lamento muito que o ex-prefeito Roberto Cláudio ainda não tenha aceitado o resultado democrático da última eleição, passando a fazer postagens agressivas contra quem ele considera adversário. Após agredir Camilo e Elmano seguidas vezes, agora me ataca gratuitamente. Triste comportamento. Nesta situação que ele classifica de "teatro", agride não apenas a minha pessoa, mas ofende os 41 membros de um total de 48 representantes do Diretório Estadual do PDT que votaram pela aprovação da carta de anuência para minha desfiliação. Registro ainda que não houve sequer nenhum voto contrário. Continuarei fazendo política como sempre fiz, com respeito e verdade. Sem baixaria", escreveu.

Outro pedetista que também se manifestou sobre as críticas de Roberto Cláudio à Evandro Leitão foi o líder do Governo na Alece, Romeu Aldigueri. O deputado relembrou as prévias do PDT - vencida por Roberto Cláudio - classificando a atitude como um desrespeito a então chefe do Executivo cearense, Izolda Cela, que não concorreu à reeleição.

"Impressionam-me comentários críticos sobre subestimar “a inteligência do nosso povo”. E ainda mais acusações sobre “PODER”, assim, dessa forma, com as letras todas maiúsculas como quem grita. Aliás, o grito é característica de quem impõe a força, sem entendimento. Como fizeram com a ex-Governadora Izolda Cela - respeitada em todo o Brasil, mas desrespeitada no seu próprio partido", escreveu.