Fóssil contrabandeado da Bacia do Araripe na década de 1990 gera confusão internacional
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Fóssil contrabandeado da Bacia do Araripe na década de 1990 gera confusão internacional

Artigo científico foi tirado do ar após repercussão negativa do caso

Reconstrução do crânio do Irritator challengeri feita com peças impressas por uma impressora 3D

19/05/2023 8:02

O fóssil Irritator challengeri contrabandeado na década de 1990 da Bacia do Araripe, localizada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, que contém fósseis de animais e plantas que viveram há 110 milhões de anos, está gerando mais uma vez confusão na comunidade científica internacional.

Motivo: o diretor executivo da revista científica "Palaeontologia Electronica", Matus Hynzy, anunciou a derrubada do estudo, na quarta-feira (17), após ter sido informado pelo g1 sobre a polêmica envolvendo o status do fóssil.

Em tempo

Na terça-feira (16), reportagem do g1 mostrou as críticas da comunidade científica internacional sobre o contrabando e a falta de clareza sobre esse ponto no estudo. "Em primeiro lugar, gostaríamos de deixar claro que nossa revista apoia plenamente a ideia da repatriação dos fósseis brasileiros", afirmou Matus Hyzny ao portal.

Em tempo II

Allysson Pinheiro, diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri (URCA), disse que existem várias tratativas em curso para reaver diversos fósseis brasileiros que estão espalhados em museus pelo mundo. No entanto, o processo é lento, burocrático e exige intervenção do Itamaraty.

Para o paleontólogo Juan Cisneros, o Brasil tem que lutar pela repatriação e devolução do fóssil ao Ceará, para fortalecer os centros locais e a ciência nacional.

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