Renato Roseno convoca trabalhadores para greve geral contra a reforma da Previdência
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Renato Roseno convoca trabalhadores para greve geral contra a reforma da Previdência

Dep. Renato Roseno / Foto: Máximo Moura

30/11/2017 14:38

O deputado Renato Roseno (Psol) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (30), para convocar a classe trabalhadora para a greve geral definida para o dia 5 de dezembro contra a reforma da Previdência, considerada fundamental pelo governo Michel Temer e que está tramitando no Congresso Nacional. “Não é possível que a classe trabalhadora pague por todos os rombos efetivados no sistema previdenciário nacional”, afirmou. Roseno disse ainda que, hoje, o pagamento de benefícios da Previdência representa até três vezes a arrecadação própria em 173 dos 184 municípios cearenses. “Ou seja, as economias dessas cidades sofrerão uma grande queda, se a reforma da Previdência proposta por esse governo golpista for aprovada, dificultando a possibilidade de o trabalhador ter acesso à aposentadoria”, acrescentou. Reforma da Previdência O deputado alertou ainda sobre o risco de se generalizar a expectativa de vida do brasileiro nos dias atuais. “Hoje, a população não tem a mesma expectativa de vida. Isso depende até do bairro em que moram. A distância pode ultrapassar oito anos entre os bairros mais ricos e os mais pobres”, observou. Na avaliação do deputado, há locais, notadamente no semiárido, em que a expectativa de vida não chega a 66 anos, tornando impossível que as pessoas alcancem uma aposentadoria, se forem modificadas as regras. “As pessoas vão morrer trabalhando. A Previdência não é uma benesse governamental, mas um direito conquistado, que foi pago pelos trabalhadores ao longo da vida", afirmou. Renato Roseno recordou que, desde a presidência de Fernando Henrique Cardoso, o FHC, existe uma desvinculação de receita da União. “Hoje, 44% de todo o orçamento vai para pagar rentistas.” O deputado acentuou ainda que 1% dos mais ricos do País ganha 36 vezes mais do que a média do restante da população. “A grande massa trabalhadora só se vale de si própria. É preciso que os trabalhadores venham às ruas e paralisem as atividades no próximo dia 5”, reforçou.

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