O líder do PDT no Senado e integrante da base governista, Cid Gomes, vê com preocupação o início do mandato do presidente Lula (PT). Em entrevista cedida ao jornal O Globo, o parlamentar criticou os chamadas "porta-vozes" do sistema financeiro. Citando o caso do ministro Carlos Lupi, em que o ex-líder nacional do PDT tentou reduzir os juros dos empréstimos consignados para aposentados, mas foi desautorizado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. O FG também voltou a artilharia para o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que está, segundo ele, alimentando uma relação perigosa com o Centrão, como aconteceu em governos anteriores.

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Em sua fala, o pedetista criticou a aliança do Planalto com o Centrão e descreveu a relação como "tragédia". As falas do senador pavimentam um caminho já previsto pelos analistas políticos que projetam um candidatura própria do PDT em 2026. Na entrevista, Cid Gomes não descartou esta possibilidade. A entrevista de Cid com grandes críticas ao governo acontece mediante mais uma tentativa do senador em emplacar o irmão Lúcio Gomes na Companhia das Docas do Ceará. Desde a mudança no governo estadual, Lúcio deixou a Secretaria de Infraestrutura.

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O parlamentar afirmou que seu partido terá de avaliar na metade do mandato de Lula se as propostas da sigla estão sendo respeitadas e, então, debater se vale a manutenção da permanência na base do governo.

Cid ainda salientou que os posicionamentos políticos de seu irmão, o ex-presidenciável Ciro Gomes, no Ceará, não são um posicionamento político e sim uma opinião pessoal.

Em tempo

Nos bastidores, ventila-se que Cid não precisava bater no Governo Federal, porque na divisão dos cargos federais a Cia das Docas do Ceará, sob intermédio do ministro da Educação, Camilo Santana, já está prometida a Lúcio Gomes.

Em tempo II

Ainda nos bastidores, dá-se como certa a nomeação de Lúcio, é só questão de tempo ela sair no Diário Oficial da União (DOU). Continua a dobradinha Camilo-Cid dando as cartas na política cearense.