Brasileiro é alvo de tentativa de fraude a cada 16 segundos, revela Serasa
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Brasileiro é alvo de tentativa de fraude a cada 16 segundos, revela Serasa

22/11/2017 9:40

O Brasil registrou 1,478 milhão de tentativas de fraude, de janeiro a setembro de 2017, um crescimento de 10,7% em relação a igual período do ano passado, quando o acumulado atingiu 1,355 milhão. O levantamento é do Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude. O número representa uma tentativa de fraude a cada 16 segundos. Apenas em setembro deste ano, o indicador registrou 170.595 tentativas, 18% maior que o mesmo mês de 2016 (144.514). Já na comparação mensal – setembro x agosto 2017 –, o índice teve queda 7,6%. Segundo os economistas da Serasa Experian, o fato de o mercado de crédito estar mais aquecido pode estar incentivando os fraudadores e aplicar golpes, já que momentos de maior fluxo de pessoas podem ser considerado como ambiente propício pelos golpistas. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito em setembro de 2017 cresceu 6,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior (setembro/16). A mira dos golpes está na telefonia O segmento de telefonia foi o mais afetado no acumulado do ano, sendo responsável por 38,3% do total, com 565.551 tentativas. Neste tipo de golpe, dados de consumidores são utilizados por criminosos para abertura de contas de celulares ou compra de aparelhos, por exemplo.  Caso a fraude no segmento de telefonia seja bem sucedida, funciona como uma “porta de entrada” para os fraudadores aplicarem golpes de maior valor em outros setores da economia. Os golpistas costumam comprar telefones para ganharem um comprovante de residência e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas. O setor de Serviços vem em seguida no ranking de segmentos com mais tentativas de fraude identificadas de janeiro a setembro de 2017 (451.777), representando 30,6% do total. Em terceiro lugar está bancos e financeiras com 23,4% de participação e 346.372 tentativas. O quarto setor mais afetado pelas tentativas nos nove primeiros meses do ano foi o Varejo, com 90.938 tentativas e participação de 6,2%. Os demais segmentos representaram 1,6% do total. Principais tentativas de golpe apontadas pelo indicador: - Compra de celulares com documentos falsos ou roubados; - Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão; - Financiamento de eletrônicos (Varejo) – o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima; - Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima. Neste caso, toda a “cadeia” de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa possível prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio; - Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima; - Abertura de empresas: dados roubados também podem ser usados na abertura de empresas, que serviriam de ‘fachada’ para a aplicação de golpes no mercado.

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