O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (23), por 7 votos a favor e 4 contra, manter a decisão da Segunda Turma da Corte, que declarou Sergio Moro parcial na condenação do ex-presidente Lula (PT) no caso do triplex de Guarujá. O último voto foi dado pelo ministro Luiz Fux, que se posicionou contra a decisão.

O voto de Fux, no entanto, àquela altura não fez diferença. Isso porque, os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Rosa Weber votaram à favor da suspeição do ex-ministro Sérgio Moro e, portanto, possuíam a maioria dos votos. Acompanharam o voto de Fux, os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio. Eles defenderam que como o tribunal reconheceu a incompetência territorial da Justiça Federal no Paraná para atuar nos processos de Lula, o que levou à anulação de suas condenações, a atuação de Moro nesses casos não teria como ser analisada.

O julgamento havia iniciado em abril, mas foi retomado somente nesta quarta devido o pedido de vista do ministro Marco Aurélio Mello. A defesa do ex-presidente Lula pediu também que a suspeição de Sérgio Moro também seja declarada nos processos do sítio e do instituto.