ONS alerta para risco de apagão no Brasil em novembro
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ONS alerta para risco de apagão no Brasil em novembro

O ONS afirmou que o país passa pela pior crise hidrológica desde 1930

(Foto: reprodução)

05/06/2021 9:54

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que oito reservatórios de importantes hidrelétricas devem chegar à novembro totalmente secos e, com isso, o Brasil corre sério risco de apagão. A região do Nordeste, à princípio, não corre risco de sofrer um apagão. Os maiores riscos são para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. As informações são do O Globo.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no entanto, negou que o Brasil corra risco de sofrer um apagão ou de precisar fazer um racionamento, em 2021. "Não trabalhamos com essa possibilidade porque tudo indica que nós temos o controle da situação. Todos os nossos modelos, nossos acompanhamentos indicam que não há risco de racionamento, de apagão, no ano de 2021", disse ao O Globo.

ONS publica nota

Em nota, o ONS afirmou que o país passa pela pior crise hidrológica desde 1930. O motivo para a crise é o baixo volume de água recebido nos reservatórios das hidrelétricas nos últimos sete anos. Contudo, o órgão disse que "diversas medidas foram aprovadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE e já estão em curso, o que faz com que esse cenário não se concretize e se garanta o fornecimento de energia e potência em 2021".

Entre as ações que estão sendo tomadas, o ONS destacou a flexibilização das restrições hidráulicas dos aproveitamentos localizados nas bacias dos rios São Francisco e Paraná; o aumento da geração térmica e da garantia do suprimento de combustível para essas usinas; a importação de energia da Argentina e do Uruguai, além de campanha de uso consciente da água e da energia.

Leia a nota completa:

"O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem entre suas atividades realizar estudos, análises e avaliações de cenários para um horizonte de até cinco anos. Desta forma, a nota técnica traz resultados consolidados dos estudos com projeções para o período de junho a novembro de 2021 e são contempladas diversas hipóteses.

O único cenário em que há risco de déficit é o cenário de referência, utilizado para demonstrar que ações precisavam ser tomadas com o intuito de evitar essa ocorrência. Sendo assim, diversas medidas foram aprovadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE e já estão em curso, o que faz com que esse cenário não se concretize e se garanta o fornecimento de energia e potência em 2021.

Entre as ações em curso destacam-se a flexibilização das restrições hidráulicas dos aproveitamentos localizados nas bacias dos rios São Francisco e Paraná; aumento da geração térmica e da garantia do suprimento de combustível para essas usinas; importação de energia da Argentina e do Uruguai, além de campanha de uso consciente da água e da energia.

O ONS reforça que o país passa pela pior crise hidrológica desde 1930 e que nos últimos sete anos os reservatórios das hidrelétricas receberam um volume de água inferior à média histórica. É neste contexto que todos os esforços estão sendo envidados, com transparência e informação à população, para que o país atravesse a crise hídrica sem problemas no fornecimento de energia, que como dito anteriormente, está garantido este ano."

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