O governador Camilo Santana (PT) afirmou nesta terça-feira (23) que 158 dos 184 municípios do Ceará tiveram problemas de abastecimento de oxigênio. Segundo o gestor, as empresas fornecedoras apresentaram problemas devido a alta demanda, principalmente nas cidades do interior.

"O que ocorreu há praticamente uma semana, foi que a grande maioria dos municípios cearenses utilizam cilindros de oxigênio para abastecer as unidades de pequeno porte dos hospitais do interior", explicou. O crescimento de casos da Covid-19 no Estado fizeram com que as empresas que abastecem os municípios apresentassem problemas de logística, dificultando a chegada do material as unidades hospitalares. "Como a covid, por ser uma síndrome respiratória, exige oxigênio, houve uma demanda muito forte do consumo de oxigênio nessas unidades do interior. E as empresas que prestavam serviço aos municípios não tiveram capacidade de atender na logística esse abastecimento", completou.

Ainda de acordo com Camilo, o problema foi registrado, principalmente, nas unidades hospitalares municipais. O governador garantiu que os Hospitais geridos pelo Governo do Estado não sofreram com o desabastecimento porque utilizam tanques de oxigênio, com maior capacidade de atendimento. "Todos os equipamentos [de saúde] do estado estão em um planejamento, e em nenhum momento as unidades hospitalares do Governo do Estado do Ceará tiveram problemas com fornecimento de oxigênio, estão funcionando normalmente, inclusive com todas as ampliações que temos feitos nos leitos de UTI e enfermaria", disse.

Camilo disse ainda que esteve hoje reunido com a direção da White Martins, maior produtora de oxigênio no Brasil, e seu maior cliente, a CSP. Resolveu a questão do fornecimento do oxigênio. Essa garantia de abastecimento virou lei hoje (23) com a aprovação da Assembleia Legislativa (AL).

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