Um adolescente de apenas 16 anos de idade foi apreendido por policiais civis nesta terça-feira (19) na cidade de Forquilha, na Região Norte do estado (a 212Km de Fortaleza), sob suspeita de ter assassinado, ao menos, seis pessoas naquela cidade. Os crimes ocorreram entre 2020 e 2021. Foram quatro homicídios no ano passado e outros dois já neste mês de janeiro.

Segundo as investigações da Polícia Judiciária (Civil), o adolescente teria assassinado as seis pessoas por conta da guerra de facções. Contra ele havia sido expedido um mandado judicial de apreensão à pedido das autoridades da Segurança Pública.

Considerado de alta periculosidade, apesar da pouca idade, o adolescente se mostrou frio ao ser abordado pelos policiais no Centro da cidade de Forquilha. Conforme as investigações, ele era o matador de uma facção e tinha, portanto, a missão de eliminar os componentes da quadrilha rival.

Rivalidade de facções

“A motivação desses crimes seria a briga das facções por domínio de território para a venda de drogas”, disse uma fonte da Polícia local.  E de acordo com as investigações, além dos seis homicídios praticados, o mesmo rapaz é suspeito de ser o autor de mais duas tentativas de assassinatos na mesma cidade.

Um dos crimes recentes praticados pelo adolescente aconteceu no último dia 9, quando outro menor de idade, identificado apenas por “Ryan”, foi assassinado, a tiros, no bairro Edmundo Rodrigues, na periferia de Forquilha.

Três dias antes, no dia 6 de janeiro, outro assassinato teve o mesmo adolescente como suspeito. Um jovem conhecido pelo apelido de “Mael Bocão”,  foi também morto no mesmo bairro.

 Já no dia 15, a vítima de mais uma execução sumária foi o adolescente Eudes Pereira Rodrigues Neto, 15 anos, também morto no bairro Edmundo Rodrigues.

A guerra entre as facções em Forquilha tem deixado a população local assustada. A situação levou o prefeito recém-empossado daquele Município, Edinardo Rodrigues Filho (PDT), a pedir socorro à Segurança Pública.

Na semana passada, o prefeito veio à Fortaleza e pediu uma audiência ao secretário da Segurança Pública do estado, delegado federal Sandro Caron, ocasião em que pediu providências para que a Polícia freasse a onda de violência e mortas no Município. Uma grande operação policial foi realizada ali. Porém, no dia seguinte, mais um assassinato foi registrado na cidade.