Empresários do Cariri e de Acopiara atuavam na “lavanderia” do PCC no CE
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Empresários do Cariri e de Acopiara atuavam na “lavanderia” do PCC no CE

De acordo com a Polícia, dos 240 nomes listados, 220 tiveram prisão decretada

Armas e dinheiro do PCC já foram apreendidas em operações contra a organização criminosa no Ceará

11/01/2021 12:17

Empresários e comerciantes de diversos ramos de atividades com atuação nas regiões do Cariri e Centro-Sul do estado estão entre os 240 nomes que foram descobertos pela Polícia Civil como sendo integrantes  da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Ceará. Eles atuariam de diversos modos dentro da quadrilha, exercendo desde postos de comando na hierarquia da organização, a  “lavadores” do dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

A investigação da Polícia Civil, realizada pela equipe de inspetores e delegados da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco)  revelou uma forte atuação dos investigados na cidade de Acopiara (região Centro Sul) e em municípios do Cariri.

A identificação dos envolvidos  teve início com a quebra de sigilo telefônico autorizado pela Justiça para que a Polícia Civil aprofundasse as investigações em torno dos “alvos” e foi através deste trabalho, com a varredura de mensagens via aplicativo, que os nomes foram aparecendo e apontados os cargos na estrutura hierárquica do PCC no Ceará.

De acordo com a Polícia, dos 240 nomes listados, foram expedidos cerca de 220 mandados judiciais de prisão. A começar pelo nome de James Machado Cordeiro, apelidado de “Simpson”, que se passava por empresário do ramo de festas, eventos e bufês.  Logo em seguida, veio a identificação de outros membros do bando.

Para disfarçar seu envolvimento com o crime organizado, “Simpson” montou a empresa de fachada denominada “James Eventos e Produções”, em outubro de 2012. Já naquela época ele teria envolvimento com as atividades delitivas do PCC no Ceará, concluíram os investigadores.  “Com essa atividade, ele passa despercebido e inserido na sociedade como se fosse um microempresário do ramo de festas e bufês”, diz o documento.

Outros nomes

O aprofundamento da investigação sigilosa da PCCE levou à identificação de “Irmão Ricardo”, outro da linha de frente ou da chamada “Sintonia Fina” do PCC no Ceará. Na verdade, tratava-se do peruano Walmer Ramirez Campos, que passou a atuar em 2014, embora já estivesse na mira das autoridades brasileiras.  Antes disso, ele chegou a ser capturado em flagrante no Ceará, numa operação de combate às drogas na Capital.

Junto com Ramirez foi também presa a companheira dele, identificada nas investigações como Raquel Vieira de Lima.

As atividades de “fachada” das lideranças da organização criminosa pelo país afora se repetiram no Ceará, chegando a Polícia a alcançar  mais nomes de envolvidos e identificando as atividades que serviram para a “lavanderia” do PCC.

Mesmo com a morte de outras duas lideranças do PCC no estado, no caso os traficantes “Gegê do Mangue” e “Paca”, as atividades de lavagem do dinheiro do narcotráfico não foram interrompidas no estado pela organização criminosa no território cearense.  As investigações da Draco continuam.

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