Preso em Redenção chefe do CV que financiou candidatos em cidades do Maciço de Baturité
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Preso em Redenção chefe do CV que financiou candidatos em cidades do Maciço de Baturité

Ex-fuzileiro naval, "Rafael Fininho" comandou ataques a bancos e financiou políticos

"Rafael Fininho", bandido chefe do CV no Maciço de Baturité foi preso em Redenção

17/11/2020 10:13

Bruno Rafael Nascimento Leandro, 30 anos, o “Rafael Fininho”, ex-fuzileiro naval e um dos bandidos mais perigosos com atuação no Ceará, foi  preso no fim de semana durante uma operação realizada pela Polícia Civil do Ceará. Apontado como um dos bandidos mais procurados do Ceará, ele foi detido na região do Maciço de Baturité, onde chefiava a facção Comando Vermelho (CV) e financiava a campanha eleitoral de vários candidatos a prefeito e a vereador em cidades daquela região.

“Rafael Fininho” é apontado pelas autoridades como assaltante de banco e carro-forte, traficante de drogas, seqüestrador e chefe de organização criminosa.  Em 2018, ele foi preso numa operação na cidade de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

O bandido, segundo a polícia, responde por vários assaltos e homicídios. A Polícia ainda informou que ele participou da ação que deixou o delegado Raphael Vilarinho baleado na perna em julho do ano passado. Na época, ele era titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).

O bandido enveredou com sua facção pelos caminhos da política, financiado vários candidatos e, em 2018 chegou a ser empossado como assessor do vice-prefeito de Acarape.

Neste ano, o bandido esteve ao lado de vários candidatos da região do Maciço de Baturité, utilizando seus homens armados para coagir os eleitores e ativistas de candidatos rivais.

Arsenal descoberto

Em fevereiro de 2017, um paiol (depósito de armas), que pertencia à facção Comando Vermelho (CV), foi descoberto pela Polícia Civil. As armas avaliadas em R$ 200 mil foram localizadas no Bairro Boa-Fé, em Redenção, segundo uma fonte da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

A ação fez parte de uma operação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), que havia prendido um dos suspeitos de atacar um banco, localizado em Redenção e acabou chegando às armas. O ataque teria sido arquitetado pelo ex-fuzileiro naval, que, na época, foi preso em Pernambuco.

O arsenal apreendido era composto por nove armas, dentre elas um fuzil AK-47, de origem russa; uma submetralhadora calibre nove milímetros; duas espingardas calibre 12; quatro pistolas, sendo uma da Polícia Militar (PMCE) e outra do Estado de Alagoas; e um revólver.

Além do armamento e dos explosivos, foram apreendidos coletes, roubados dos próprios vigilantes da agência bancária, celulares e cerca de 270 munições. O arsenal estava escondido na residência de Kaique da Silva Batista, responsável por guardar os recursos utilizados na investida à agência Bradesco de Redenção. Kaique Batista, que já respondeu por porte ilegal de armas e tráfico de drogas, foi detido horas após do ataque.

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