Cinco anos após o crime, empresário será julgado pela morte da esposa e da filha
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Cinco anos após o crime, empresário será julgado pela morte da esposa e da filha

O crime aconteceu em 2015 em uma casa de veraneio em Paracuru, no litoral cearense

Marcelo Barberena pode ser apenado com até 60 anos de prisão

04/11/2020 10:03

Cinco anos depois de um crime que chocou a opinião pública cearense, a Justiça marcou para o próximo dia 30 o julgamento do réu. O empresário gaúcho Marcelo Barberena será julgado na cidade de Paracuru, na Região Metropolitana a Fortaleza (a 100Km da Capital) , para responder pela morte da própria esposa e da filha mais nova do casal.  O duplo assassinato aconteceu em uma casa de veraneio, na madrugada do dia 23 de agosto de 2015.

Barberena é acusado de matar a esposa, Adriana Moura Carvalho Moraes; e a bebê Jade Pessoa de Carvalho Moraes.  Os dois foram encontrados mortos, a tiros, em um dos quartos da casa onde a família iria passar um fim de semana. O marido confessou, por três vezes, ter praticado o crime, em depoimentos prestados na presença de seu advogado, na então Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (hoje, Departamento).

Exames periciais realizados ao longo das investigações revelaram que a arma do empresário foi a utilizada no crime, que a casa não foi arrombada (desmentindo a versão do réu de que um bandido havia invadido o imóvel) e que Barberena atirou (o exame residuográfico atestou resquícios de chumbo e pólvora nas mãos do acusado).  Contudo, após tudo isso, Barberena mudou de posicionamento e agora nega o crime, alegando ter sofrido pressões na Polícia para confessar.

O Júri acontecerá no Fórum da cidade de Paracuru, a partir de 9 horas do próximo dia 30.

Acusação

Vasques acredita na condenação do réu à pena máxima

Em entrevista exclusiva ao portal CN7.com.br, o advogado criminalista e professor de Direito, Leandro Vasques, contratado pela família das vítimas para atuar como assistente da acusação, foi incisivo ao falar sobre o caso:  “Esse é um caso moroso que tem causado uma hemorragia permanente na família enlutada, na família de Adriana e Jade. Mas estamos sim, muito confiantes de que o réu poderá ser condenado de uma forma exemplar por este verdadeiro holocausto que ele promoveu dentro da própria família.”

Vasques diz que as provas contidas no processo, desde a apuração policial, deixam clara a autoria do crime.

“Nós acreditamos que o Júri Popular de Paracuru não irá aceitar esta tese de negativa de autoria. Primeiro, porque ela é fantasiosa, construída no solo movediço da mentira. A arma utilizada no crime pertencia ao Marcelo Barberena. O DNA do Marcelo Barberena foi constatado na arma.  Foram encontradas partículas de chumbo na roupa dele. Uma criteriosa perícia constatou que não houve nenhum sinal de arrombamento na casa em que se verificou o lamentável crime. Há também a comprovação balística de que, pelo menos um dos dois disparos que vitimaram a Adriana e Jade partiu do cano desta mesma arma do Marcelo Barberena.”

E completou: “Em pelo menos três vezes, em depoimento na presença de seu advogado na época, perante uma delegada de Polícia, o próprio acusado confessou a autoria do crime, além de ter confirmado a versão dele durante a reprodução simulada (reconstituição)  dos fatos, quando ele estava acompanhado do seu defensor.  Então, negar a autoria agora, é desafiar a inteligência humana e inventar uma coação que teria sofrido por parte da Polícia, é algo absolutamente cínico e irracional. Ele perde até a atenuante da confissão.  Então, estamos confiantes de que ele seja condenado neste Júri do dia 30 de novembro  e a justiça será feita desta forma”.

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