Falso médico é processado por agredir a ex-sócia e acumula B.O.s por vários crimes
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Falso médico é processado por agredir a ex-sócia e acumula B.O.s por vários crimes

Ex-sócia revelou ter sido espancada e arrastada até a piscina onde, seria afogada

"Cláudio": denunciado na Polícia por diversos tipos de crime como lesão corporal dolosa, estelionato, ameaça, injúria e apropriação indébita

10/09/2020 12:31

Uma nova denúncia contra o falso médico que vem agindo no ramo de clínicas de recuperação de dependentes químicos está sendo apurada em forma de processo judicial na Comarca do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Claudiomiro Nascimento da Silva, conhecido por “Cláudio”, está sendo processado por crime de lesão corporal contra uma ex-sócia. O fato ocorreu em novembro de 2018, quando a vítima (identidade preservada) foi espancada e arrastada para uma piscina onde, supostamente, o autor pretendia matá-la por meio de afogamento.

Apesar da gravidade do fato, o episódio já tramita na Justiça há um ano e 10 meses sem que o acusado tenha sido julgado.  As audiências de instrução do processo sequer foram iniciadas e, com a pandemia do Covid-19, a tramitação no Fórum do Eusébio foi suspensa.

De acordo com o registro da Polícia Civil, na tarde do dia 14 de novembro de 2018, por volta de 15 horas, “Claúdio”  agrediu fisicamente sua sócia no interior da Clínica Terapêutica Gotas, localizada no bairro Guaribas, no Eusébio, após um desentendimento por conta dos negócios.

Após ser socorrida pelos funcionários da clínica, a vítima foi encaminhada pela Polícia Militar até a Delegacia Metropolitana do Eusébio (DME), onde foi lavrado um Boletim de Ocorrência (B.O.), procedimento que deu origem à ação penal.

Outros crimes

Claudiomiro Nascimento da Silva, que foi recentemente denunciado ao Conselho Regional de Medicina do Ceará por utilizar indevidamente carimbos e falsificar assinatura de uma médica , com o objetivo de prescrever remédios controlados a pacientes de sua clínica, foi denunciado em outros B.Os. na Polícia Civil.

Um deles por crime de injúria, outro por ameaça, o terceiro por prática de estelionato e o quarto, por apropriação indébita.

Em um dos Boletins de Ocorrência, uma ex-funcionária da Clínica Terapêutica da Mulher (localizada no bairro Precabura, no Eusébio), de propriedade de “Cláudio”, informou à Polícia ter sido acusada injustamente de roubo pelo proprietário, quando o procurou para receber os direitos trabalhistas, após passar cinco meses sem receber os salários.

Outra ocorrência policial envolvendo “Cláudio” está registrada em mais um B.O.  em que informou ter sido constrangida e ameaçada pelo dono da clínica. “Ele chamou a Polícia para  me constranger quando tentei conversar com ele a respeito de meus salários atrasados. Os policiais comprovaram que não houve desordem e muito menos baderna, mas me senti violada, ameaçada e desrespeitada enquanto mulher e profissional”, disse a vítima no B.O.

Mesmo com um acumulado de queixas na Polícia e processos de causas diversas tramitando na Justiça, o acusado permanece impune.

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