O presidente nacional interino do PSDB, Tasso Jereissati, deverá enfrentar o governador de Goiás, Marconi Perillo, para assumir definitivamente o comando nacional tucano. A disputa reflete o racha interno do partido em relação ao desembarque da base aliada do governo Michel Temer (PMDB). Tasso defende publicamente a saída do PSDB da base do Planalto, com a saída dos quatro ministros do PSDB e manutenção apenas do apoio ao avanço das reformas propostas. No entanto ainda há tucanos que defendam a manutenção do apoio a Temer e um posicionamento mais rígido em defesa do governo no caso da denúncia contra o presidente que será votada na Câmara dos Deputados em agosto. A disputa também tem o dedo de Aécio Neves, que defende o apoio a Michel Temer, porque os dois foram fortemente abalados pela delação de Joesley Batista, dono da JBS. A delação resultou na denúncia contra Temer por corrupção passiva e forçou o Planalto a abrir um verdadeiro balcão de negócios para conquistar aliados na Câmara. Já Aécio foi gravado pedindo propina de R$ 2 milhões a JBS, acabando por ser afastado do cargo no Senado e tendo seu primo e sua irmã presos. O ex-governador mineiro acabou se afastando da presidência do partido nessa época.