Ministério Público denuncia policiais militares por crime de tortura contra moradores
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Ministério Público denuncia policiais militares por crime de tortura contra moradores

O caso ocorreu durante uma operação de caça a traficantes, em 2018, em Fortaleza

Câmeras filmaram a ação policial na noite de 6 de junho de 2018

20/08/2020 8:52

Doze policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público Estadual na Vara da Auditoria Militar do Estado do Ceará, acusados da prática de torturas contra moradores do bairro Antônio Bezerra, na zona Oeste da Capital. O crime teria ocorrido há dois anos durante uma operação que busca a prisão de traficante de drogas.

De acordo com o MP, os 12 PMs teriam invadido residências em busca dos criminosos e acabaram praticando torturas contra moradores para que estes revelassem onde estariam escondidos os criminosos. O fato ocorreu na manhã do dia 6 de junho de 2018.

Câmeras de residências e de estabelecimentos próximos do local onde ocorria a operação policial captaram as imagens de toda a ação dos PMs, e acabaram servido de prova nas investigações realizadas, a princípio, pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD) e, posteriormente, pelo Ministério Público Estadual, na Vara da Auditoria Militar do Ceará.

Os 12 PMs agora processados na Justiça tiveram seus nomes divulgados pelo Ministério Público. São eles: Leonardo Jáder Gonçalves, Enoque Cândido Pessoa, Jéferson Rocha Holanda,  Deoclécio Petronílio da Silva, Felipe Eufrásio Machado, Leanderson Klébio dos Santos, Levi Joaquim Matos, Lucas Moreira Dias, Paulo Alexandre Rodrigues, Rodrigo Nogueira Chaves, Yuri Tavares Farias e José Almir Roseno Ferreira.

Delegada omissa?

Ainda de acordo com o MP, uma delegada de Polícia Civil do Ceará poderá também ser  responsabilizada criminalmente no mesmo processo. Trata-se de Jéssica Gomes Aguiar, que estava no plantão do 10º DP (Antônio Bezerra) para onde foram conduzidas as pessoas detidas durante a operação da PM naquele bairro.

De acordo com o MP, a delegada teria se omitido de tomar providências legais sobre o caso mesmo tendo os presos apresentado marcas de lesões causadas durante as torturas.

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