4º Júri do Curió absolve sete PMs acusados de integrar ‘Núcleo da Omissão’ - CN7

4º Júri do Curió absolve sete PMs acusados de integrar ‘Núcleo da Omissão’

Com essa decisão, 19 policiais denunciados pelo massacre são absolvidos

4º Júri do Curió absolve sete PMs acusados de integrar ‘Núcleo da Omissão’

(Foto: Sara Parente/ Ascom TJCE)

01/09/2025 8:43

Sete dias após o início do 4º Júri da Chacina do Curió, o Conselho de Sentença decidiu, neste domingo (31), absolver os sete policiais militares réus acusados de integrar o chamado Núcleo da Omissão. Foram mais de 78 horas de julgamento e cerca de nove horas apenas para a fase de votação dos quesitos, realizada no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Os militares absolvidos são o Sargento Farlley Diogo de Oliveira; os Cabos Daniel Fernandes da Silva e Gildácio Alves da Silva e os soldados, Francisco Fabrício Albuquerque de Sousa, Francisco Flávio de Sousa, Luís Fernando de Freitas Barroso e Renne Diego Marques. Eles foram acusados por 11 homicídios, três tentativas de homicídio, três torturas físicas e uma tortura mental.

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Com a absolvição, todas as medidas cautelares e restrições de direitos impostas aos militares foram revogadas. Os policiais, que estavam em funções administrativas, poderão retornar ao trabalho ostensivo nas ruas. Os réus foram defendidos pelos advogados Valmir Medeiros, Carlos Bezerra Neto e Talvane Moura, cada um responsável por um grupo de acusados. Valmir Medeiros comemorou o resultado "Eles estavam sendo processados há nove anos e a justiça hoje foi feita. Eles saíram daqui de cabeça erguida porque os jurados entenderam que nenhum deles praticou nenhum dos crimes. Todos eles foram absolvidos, todas as votações foram 4 a 0, foram absolvidos por unanimidade", Afirmou.

Talvane Moura criticou a atuação do Ministério Público do Ceará (MPCE), sustentando que os militares só tiveram ciência da chacina após o chamado da Ciops. "O Ministério deflagrou uma ação penal violenta contra eles e ontem pediram a condenação em todos os termos, mas a justiça se fez, é importante que se diga à sociedade ciarense que esses que foram defendidos por nós, são completamente inocentes" Pontuou.

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Já Bezerra Neto reforçou que a decisão garante a reintegração plena dos PMs à atividade, mesmo com o ministério público afirmando que vai recorrer da decisão. "Esse recurso é um esperneio do Ministério Público na tentativa de mudar a decisão soberana do júri, mas o júri foi soberano, as votações foram contundentes, todas unânimes, reconhecendo que esses policiais são bons policiais e nunca se omitiram, eles vão voltar agora se Deus quiser trabalhar normalmente" Finalizou.

Além do MPCE e a Defensoria Pública do Estado (DPCE), que atuou como assistente da acusação, afirmou que também vai recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

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